sábado, 31 de dezembro de 2011

Impactos da Gestão financeira pessoal no desempenho corporativo


Tal pesquisa mostra que preocupações pessoais acarretam, sim, prejuízos para as organizações em que tais pessoas trabalham, aspecto esse que ainda não tem atraído a devida atenção da alta gestão corporativa. A questão que emerge é: até que ponto e como a gestão corporativa deve lidar com tais problemas das pessoas sem interferir na liberdade individual?
A resposta não é fácil e muito menos óbvia. Afinal, sabemos que nem sempre as preocupações das organizações estão alinhadas com aquelas das pessoas que a fazem funcionar. Então, o que se deve fazer?

Em primeiro lugar deve-se reconhecer que o problema existe e que é importante tanto para os indivíduos quanto para a empresa. E isso deve ser mostrado claramente não apenas no discurso, mas nos atos de sua direção.
Em segundo lugar, a empresa pode – e deve – disponibilizar algumas alternativas de cursos, treinamentos e mudanças comportamentais para que a pessoa angustiada pelas mazelas financeiras tenha condições de conhecê-los: suas propostas, suas metodologias, bem como relatos de resultados obtidos pelas pessoas que os freqüentaram.
Em terceiro lugar, a organização deve apoiar as pessoas que manifestarem forte interesse em promover mudanças positivas em suas vidas – e não exclusivamente nos aspectos financeiros – a fazê-lo. Ainda que a empresa não pague parte desse processo de mudanças, mesmo assim há grande chance de que o funcionário economize já que a organização tem maior poder de barganhar preços do que o indivíduo isoladamente.
A empresa nunca deve pagar o valor integral desse curso ou treinamento para o seu funcionário. Sua participação financeira aumentará a importância que ele dará ao processo de mudança, seu comprometimento com as tarefas exigidas e lhe trará forças para superar os momentos de confrontação com aspectos desagradáveis da realidade expostos durante tal processo.
Deve-se exigir de treinadores e de treinandos uma postura ética, reservada e respeitosa, pois fragilidades serão expostas. E sugere-se a montagem de pequenos grupos para oferecer suporte técnico e emocional personalizado e para fornecer o tempo necessário para cada pessoa se colocar.
Como se pode notar, mudar padrões de comportamento nem sempre é simples e fácil. Contudo, organizações podem facilitar a vida do funcionário com pequenas ações. E o funcionário pode evoluir profissionalmente ao conseguir ter novos parâmetros e diretrizes em relação às suas finanças. E ao final, juntos, organização e colaborador podem crescer e atingir seus objetivos.

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